마리아 베타니아와 함께 브라질 최고의 여성 싱어 갈 꼬스타는 카에타누 벨로주, 질베르토 질과 함께 브라질의 대중음악운동 트로피칼리아의 주역이기도 하다. 2006년 발표된 본 작품은 뛰어난 선곡, 아름다운 연주와 갈 꼬스타의 매력 넘치는 음성의 하모니가 돋보이는 명연을 선보이고 있으며 서정미 넘치는 까에타노 벨로주의 ‘Hoje’를 비롯하여 브라질리안 비트의 강렬함이 그대로 살아 숨쉬는 카를로스 산타나의 ‘Os Dois’ 그리고 쉬꾸 부아르끼의 뛰어난 음악성이 돋보이는 ‘Embebedado’ 등 한 곡도 빼놓을 수 없는 명곡들로 가득차 있다. .... ....
Um Sol Eu sou Para o seu mar, o meu amor; Voce O mar e Para o meu Sol, para eu me por; Me por Em voce, Me espelhar, me espalhar; Meu Sol De arrebol Deitar no leito de seu mar E entrar em voce, Em voce queimar, arder; Em voce tremer, em voce, Em voce morrer, morrer. Um so, Um no De fogo e agua, terra e ceu, A sos, Somos nos, De corpo e alma, voce e eu; E eu A descer, A desnascer, desvanecer; A ser Em voce Um Sol a se dissolver Ao entrar em voce, Em voce queimar, arder; Em voce tremer, em voce, Em voce morrer, morrer. Depois, Nos dois, Olhos nos olhos, vis-a-vis, Nos seus Olhos meus, Me vejo no que vejo ali; Ali, Eu-voce, Olho no olho a se espelhar, Amor, Sem temor, Olho o que eu olho me olhar Ao entrar em voce, Em voce queimar, arder; Em voce tremer, em voce, Com voce morrer, morrer. Paixao de fogo de paixao De fogo de paixao De fogo de paixao, Em que me afogo de paixao Me afogo de paixao Me afogo de paixao.
Voyeur, Eu vou seguindo voce, Na sua danca, na sua leveza; Estender Meus olhos sobre voce, E assim vou descobrindo a beleza; Colher, No meu cantinho de terra, A flor que nasceu por voce. Vem ver Meu coracao bater por voce. Arder No poro, no pelo, na pele De tudo que saia da sua presenca; Doer, Se nao responde ao recado, Se nao me da sua correspondencia. Quem le No meu mais intimo plano Onde e que se esconde voce, Vai ver Meu coracao bater por voce. Vem ver, vem ver Meu coracao bater por voce. Vem me dar carinho, Vem fazer lele, Vem me dar um cafune, Me fazer um chazinho. Corda que amarrou, cobra que picou, Sede nao secou, alma desandou. E leia na minha mao O seu nome na linha da vida Que corre atras de voce. Vem ver, vem ver Meu coracao bater por voce.
Pra que cantar Com alegria? Cantar assim Faz mal a quem e triste. Se e carnaval, E a lua insiste, Mesmo sozinha, Em imitar o dia, Prefiro a sombra, O silencio existe; Me deixem fora Dessa euforia de tres dias. E carnaval, Ninguem resiste; Espalha-se a felicidade. So eu caminho pela cidade, Chamando alto O nome dela com saudade
Nada mais me atrai Que tua tez morena, ai, ai, ai. Talvez por eu ser o teu servo, Com certa obsessao a observo. Nada faz brilhar E agrada mais ao meu olhar; Pois se eu te vejo, meu buque, Vejo o que eu mais desejo ver... A te adorar, parado em ser teu par, A te adorar, dourar, dourar... Te ver me dar tudo que es, Da cabeca ate os pes. Nada mais me traz Felicidade e paz Do que ver-te, ver-te sorrir; E como sorver um elixir. Fico a te focar; Mergulho fundo no teu olhar. Mesmo quando o gozo ja vem, Eu me afundo bem ali e alem... A te adorar, parado em ser teu par, A te adorar, dourar, dourar... Te ter, me dar a tudo que es, Da cabeca ate os pes. Te adorar... Te adorar, dourar, dourar... Te ver me dar tudo que es, Da cabeca ate os pes. Te adorar... Te adorar, dourar, dourar... Te ver me dar tudo que es, Dez mil vezes, mil vezes dez!
A santa de Santana chorou sangue, Chorou sangue, Chorou sangue: era tinta vermelha. A nossa santa padroeira chorou sangue, Chorou sangue, Chorou sangue: era Deus e beleza. Despego meu; Quem girou a moenda partiu. Na pressa o rosario quebrou. Chorou, ah, chorou. Louveira santa, desata o apuro, Leve e tanto, sempre sido so; Tange solto quebrado, quebrado, Claro carmo, nossa sede, oba. Madeira oca estende o apulso, Capela sertana, sementeiro; Lajedo molhado pisado, pisado, Claro carmo, nossa sede, oba, o, Nossa sede, oba, o, Nossa sede, oba.
Eu posso esquecer, Para ser mais feliz, Mas nao vou mudar nada De tudo que eu fiz. E so nao pensar em nos Como a melhor parte de mim. E eu quero chegar A um dia dizer: De tanto ficar so, Vivo bem sem voce
Eu jurei Pelas estrelas te fazer feliz E te trazer toda manha Um botao de flor; Nao faz sofrer a quem jurou, feliz, Ser o aprendiz, Que tantas vezes te exaltou. Minha fe Move as montanhas, move as mares, E vai subindo pelo azul Da imensidao. Nao faz sofrer meu coracao, Que o teu fiel sou eu. Escuta a minha oracao: Vou te amar Aqui e em qualquer lugar, Ainda que sumas Nas ruas, na espuma. Onde estiveres, vou te achar, Para te dar a flor - Aquela flor que eu jurei.
Ai, meu carnaval... Que e que 'ce fez, Homem ruim? Ai, pobre de mim, Mais uma vez Fiquei tao mal Do inicio ao fim Dessa festa que meu pai me deu para treino espiritual. Nao fale em magoa de amor comigo, Ciume, culpa, rejeicao: nao ligo. Quero polir meu coracao de pedra Em frevos misticos Na luz que medra Por entre as mascaras, caras e lampadas E mesmo a estampa das [camisetas de reclame - Nao me chame, nao me odeie, nao me ame. Nao, meu carnaval, Nao pode ser Que eu ja perdi; Nao, ponto final: Eu e voce Acaba aqui, Sem carnaval - Essa festa que meu pai me deu para treino espiritual. Agora e so cinza na cabeca; Desapareca, por favor, da minha frente. A minha mente esta na Castro Alves, Na Rio Branco, no Marco Zero, Maracatu, Sapucai - eu quero - E o camarote e cada anuncio de produto. 'Tou com raiva, 'tou com pena, 'tou de luto. Ai, meu carnaval... Vou recompor Meu coracao. Ai, nao tem perdao Pra quem vetou O ritual Da inspiracao - Essa festa que meu pai legou para treino espiritual: Meu puro amor, o carnaval.
Nao, nada a ver. Desde o inicio, Tudo parece ser Um precipicio; Nem sei dizer... Vou cair Sem voce. Nao, nao, nada a ver. Um precipicio Apenas deve ser Um artificio Pra me dizer: Vou voar Com voce. Mas mesmo assim Eu nao deixo de ver Se nao ou sim, So eu posso escolher. Se vou sonhar Ou fugir pra voce, Se vou voar Enfim...
Eu, voce, nos dois, Mais do que dois ja somos um; Era um antes e um depois, Agora e um. Cada um de nos Sabe o que fere o que e comum. Eu, voce, nos dois, ja somos um. Ora, deixa de bobagem. Vem sem essa perfeicao. Esse tempo e de viagem. Voce e parte da solucao ? E minha fuga, minha prisao. Eu, voce, nos dois, Ja nao tem mais engano algum: Pra que multidao, me basta um. Mesmo desiguais, A gente quer ficar no tom. Eu, voce, nos dois Ja somos um. Ora, chega de saudade, Perder tempo sem razao. Quando fiz essa colagem, Bati a porta da solidao. Tua beleza e um aviao. Se todos fossem como voce. Voce e eu ja somos um.
Quando o Sol Abaixou Num dia tao monotono, A paixao Me deixou Atonito. Me tirou Da rotina, E num momento unico, Alterou Meu destino De subito. Ai, Sai do vale do meu tormento, E fui Cair no lago do teu amor; Ali, Aliviei todo o meu sofrimento, E ui, Me vi gemendo de prazer que nem de dor. Enfim, lancei De mim um grito; E em ti, fui um Com o infinito. E no ceu Do meu eu, No intimo, no amago, Acendeu Um limpido Relampago. No apice, Em atimos Que pareceram seculos, Eu me banhei E me lavei Em sexo e luz. Entao, Alem do monte, alem do horizonte, Oh sim, Alem do mundo, alem da razao, Oh nao, Bebi do poco sem fundo, da fonte Sem fim, O poco do desejo, a fonte da paixao. Enfim, lancei De mim um grito; E em ti, fui um Com o infinito.