Disc 1 | ||||||
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1. |
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2. |
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Para a folha: verde
Para o ceu: azul Para a rosa: rosa Para o mar: azul Para a cinza: cinza Para a areia: ouro Para a terra: pardo Para a terra: azul (quais sao as cores que sao suas cores de predilecao?) Para a chuva: prata Para o sol: laranja Para o carro: negro Para a pluma: azul Para a nuvem: branco Para a duna: branco Para a espuma: branco Para o ar: azul (quais sao as cores que sao suas cores de predilecao?) Para o bicho: verde Para o bicho: branco Para o bicho: pardo Para o homem: azul Para o homem: negro Para o homem: rosa Para o homem: ouro Para o anjo: azul (quais sao as cores que sao suas cores de predilecao?) Para a folha: rubro Para a rosa: palha Para o ocaso: verde Para o mar: cinzento Para o fogo: azul Para o fumo: azul Para a pedra: azul Para tudo: azul |
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3. |
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Eu sou apenas um velho baiano
Um fulano, um caetano Um mano qualquer Vou contra a via Canto contra a melodia Nado contra a mare Que e que tu ve Que e que tu quer Tu que e tao rainha? Branquinha Carioca de luz propria, luz So minha Quando todos os seus rosas nus Todinha Carnacao da cancao que compus Quem conduz Vem, seduz Este mulato franzino, menino Destino de nunca ser homem, nao Este macaco complexo Este sexo equivoco Este mico-leao Namorando a lua e repetindo: A lua e minha Branquinha Pororoquinha, guerreiro e Rainha De janeiro, do Rio, do onde e Sozinha Mao no leme, pe no furacao Meu irmao Neste mundo vao Mao no leme, pe no carnaval Meu igual Neste mundo mau |
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4. |
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5. |
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6. |
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Se alguem pudesse ser um siboney
Boiando a flor do sol Se alguem, seu arquipelago, seu rei Seu golfo e seu farol Captasse a cor das cores da razao do sal da vida Talvez chegasse a ler o que este amor tem como lei Se alguem, judeu, ioruba, nissei, bundo, Rei na diaspora Abrisse as suas asas sobre o mundo Sem ter nem precisar E o mundo abrisse ja, por sua vez, Asas e petalas Nao e bem, talvez, em flor Que se desvela o que este amor (Tua boca brilhando, boca de mulher, Nem mel, nem mentira, O que ela me fez sofrer, o que ela me deu de prazer, O que de mim ninguem tira Carne da palavra, carne do silencio, Minha paz e minha ira Boca, tua boca, boca, tua boca, cala minha boca) Se alguem, cantasse mais do que ninguem Do que o silencio e o grito Mais intimo e remoto, perto alem Mais feio e mais bonito Se alguem pudesse erguer o seu Gilgal em Bethania... Que anjo exterminador tem como guia o deste amor? Se alguem, nalgum bolero, nalgum som Perdesse a mascara E achasse verdadeiro e muito bom O que nao passara Dindinha lua brilharia mais no ceu da ilha E a luz da maravilha E a luz do amor Sobre este amor |
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7. |
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Minha musica vem
Da musica da poesia De um poeta Joao Que nao gosta de musica Minha poesia vem Da poesia da musica De um Joao musico Que nao gosta de poesia O dado de Cabral A descoberta de Donato O fato, o sinal O sal, o ato, o salto: Meu outro retrato |
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8. |
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Estou sozinho, estou triste, etc
Quem vira com a nova brisa que penetra? Pelas frestas do meu ninho Quem insiste em anunciar-se no desejo Quem tanto nao vejo ainda Vem, pessoa secreta Vem, te chamo Vem Etc |
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9. |
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Meia lua inteira
Sopapo na cara do fraco Estrangeiro gozador Copa de coqueiro baixo Quando engano s'enganou Sao Dindondao, Sao Bento Grande Homem de movimento Martelo de tribunal Sumiu na mata a dentro Foi pego sem documentos No terreiro regional Poeira-rarara Poeira-rarara Terca Feira, capoeira-rarara Tudo pede onde der-rararara Derradeiro-rarara Derradeiro-rarara Nao m'impede de cantar-rararara Tudo pede onde der-rararara Bimba, periba, mim que diga Taco de arame, cabaca, barriga Sao dindondao, Sao Bento Grande Homem de movimento Nunca foi um marginal Sumiu da praca a tempo Caminhando contra o vento Sobre a planta capital Poeira-rarara Poeira-rarara Terca Feira, capoeira-rarara Tudo pede onde der-rararara Derradeiro-rarara Derradeiro-rarara Poeira-rarara Poeira-rarara Terca Feira, capoeira-rarara Tudo pede onde der-rararara Derradeiro-rarara Derradeiro-rarara Hummmm mmme Hummm me meuuu Hummm mmme... |
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10. |
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Como sera pois se ardiam fogueiras
Com olhos de areia quem viu Praias, paixoes fevereiras Nao dizem o que junhos de fumaca e frio Onde e quando e genipapo absoluto Meu pai, seu tanino, seu mel Prensa, esperanca, sofrer prazeria Promessa, poesia, Mabel Cantar e mais do que lembrar E mais do que ter tido aquilo entao Mais do que viver do que sonhar E ter o coracao daquilo Tudo sao trechos que escuto: vem dela Pois minha mae e minha voz Como sera que isso era este som Que hoje sim, gera sois, doi em dos "Aquele que considera" A saudade de uma mera contraluz que vem Do que deixou pra tras Nao, esse so desfaz o signo E a "rosa tambem" |