Disc 1 | ||||||
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1. |
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Numa folha qualquer
eu desenho um Sol amarelo E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo Com o lápis em torno da mão e me dou uma luva E se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuva Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu Vai voando contornando a imensa curva Norte e Sul Vou com ela viajando Havai, Pequim ou Istambul Pinto um barco à vela branco navengando à tanto o céu e mar num beijo azul Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa grenã tudo em volta colorindo com as suas luzes a piscar Basta imaginar e ele está partindo sereno e lindo Se a gente quiser ele vai pousar Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida De uma América á outra eu consigo passar num segundo giro um simples compasso e num círculo em faço o mundo Um menino caminha e caminhando chega no muro E ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar Sem pedir licença muda a nossa vida e depois convida a rir ou chorar Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá o fim dela ninguêm sabe bem ao certo onde vai dar Vamos todos numa linda passarela de uma aquarela que um dia em fim...descolorirá Numa folha qualquer eu desenho um Sol amarelo (que descolorirá) E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorir�) Giro um simples compasso num círculo eu faço o mundo (que descolorirá) |
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2. |
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Quem já passou por essa vida e não viveu
pode ser mais, mas sabe menos do que eu Porque a vida só se dá pra quem se deu, pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu Quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não Não há mal pior do que a descrença, mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair, pra que somar se a gente pode dividir Eu francamente já não quero nem saber de quem não vai porque tem medo de sofrer Ai de quem não rasga o coração esse não vai ter perdão Quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não... |
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3. |
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Poeta, meu poeta camarada
Poeta da pesada, Do pagode e do perdão Perdoa essa canção improvisada Em tua inspiração De todo o coração, Da moça e do violão, do fundo, Poeta, poetinha vagabundo Quem dera todo mundo fosse assim feito você Que a vida não gosta de esperar A vida é pra valer, A vida é pra levar, Vinícius, velho, saravá Poeta, poetinha vagabundo Virado, viramundo, Vira e mexe, paga e vê Que a vida não gosta de esperar A vida é pra valer A vida é pra levar Vinícius, velho, saravá A vida é pra valer A vida é pra levar Vinícius, velho, saravá |
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4. |
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(introdução) Am6 Db7(#9)/Ab Gm7 C7(13) C(b9)/Bb F(add9) Bb7 Em Am7 D7/A Ab6 G7/4 Db7(#9) C7 G(add9)/B Am7 Rua Nascimento Silva, cento e sete C7/G D/F# você ensinando pra Elizete Fm7 Gm7 Gm6 as canções de canção do amor demais D/F# F7 Em7 lembra que tempo feliz, ai, que sauda - de Am7 D7/4(9) Ipanema era só felicidade, Am6 Fm6/Ab G7(b13) era como se o amor doesse em paz C7 G(add9)/B Am7 Nossa famosa garota nem sabia C7/G D/F# a que ponto a cidade turvaria Fm7 Gm7 Gm6 esse Rio de amor que se perdeu F#m7(b5) F6 C/E Mesmo a tristeza da gente era mais bela A7(b9/13) Am6 e além disso se vi - a da janela G7/4(9) C7(9)/G um cantinho de céu e o Redentor F#m7(b5) F6 C/E É, meu amigo, só resta uma certe - za A7(b9/13) Am6 é preciso acabar com essa triste - za Ab6 C7 G7/4(9) G7(9) é preciso inventar de novo o amor (improviso) C7 Em/B Am7 C(add9)/Bb D/F# Fm7 Gm7 C/Bb C(add9)/Bb D/F# Dm/F C(add9)/E Am Am6 Fm6/Ab G7(b13) C7 Em7/B Am7 nossa famosa garota nem sabia C7/G D/F# a que ponto a cidade turvaria Fm7 Gm7 C/Bb C(9/13)/Bb esse Rio de amor que se perdeu F#m7(b5) F6 C/E mesmo a tristeza da gente era mais bela A7(b9/13) Am6 e além disso se vi - a da janela G7/4(9) C7(9)/G um cantinho de céu e o Redentor F#m7(b5) F6 C/E É, meu amigo só resta uma certe - za A7(b9/13) Am6 é preciso acabar com essa triste - za Ab6 é preciso inventar de novo o amor (final) |
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5. |
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(introdução)
Am Am(#5) Am6 Am(#5) Am Am(#5) Am6 Am(#5) Am Am/G# Por céus e mares eu andei Am/G F#m7(b5) vi um poeta e vi um rei Dm/F E7/4 E7 Am(add9) Bm7(b5) E7 na esperança de saber o que é o a - mor Am Am/G# Ninguém sabia me dizer Am/G F#m7(b5) eu já queria até morrer Dm/F E7/4 E7 Am(add9) Bm7(b5) E7 quando um velhinho com uma flor assim fa - lou: Am E(#5)/G# Am/G F#m7(b5) O amor é o carinho, Dm/F E7 Am(add9) Bm7(b5) E7 é o espi - nho que não se vê em cada flor Am E(#5)/G# Am/G F#m7(b5) é a vida quando Dm/F E7/4 E7 Am(add9) Bm7(b5) E7 chega sangran - do aber - ta em pétalas de amor Am E(#5)/G# Am/G (I) Por céus e mares eu andei @L(II) o amor é o cari - nho, F#m7(b5) (I) vi um poeta e vi um rei @L(II) é o espinho Dm/F E7/4 E7 Am(add9) Bm7(b5) E7 (I) na esperança de saber o que é o amor @L(II) que não se vê em cada flor Am Am/G# Am/G (I) Ninguém sabia me dizer @L(II) é a vida quando F#m7(b5) Dm/F (I) eu já queria até morrer @L(II) chega sangrando E7/4 E7 Am(add9) (I) quando um velhinho com uma flor assim falou @L(II) aber- ta em pétalas de amor |
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6. |
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(introdução)
A#m-Bm F#m Cm-C#m F#m A#m-Bm F#m C#m7 C#m7/G F#m Bm7 F#m7 C#m7 F#m7 Bm7 F#m7 C#m7 F#m7 Bm7 F#m7 Foi numa tarde de domingo C#m7 F#m7 que alguém perguntando por ela chegou Bm7 F#m7 deixando o meu coração tristonho, C#m7 F#m7 enciumado, morrendo de amor Bm7 E7 A6/7 C#m7 F#m7 Eu falei, eu menti, eu chorei, eu sorri dizendo Bm7 E7 A6/7 C#m7 F#m7 Eu falei, eu menti, eu chorei, eu sorri dizendo Bm7 F#m7 que ela mora no meu peito C#m7 F#m7 e eu moro vizinho a ela Bm7 F#m7 e eu fico desse jeito C#m7 F#m7 pensando nos beijos, nos carinhos dela Bm7 E7 A6/7 C#m7 F#m7 Carolina, Carol, Carol, Carolina bela Bm E7 A6/7 C#m7 F#m7 Carolina, Carol, Carol, Carolina bela Bm7 F#m7 Ca, Ca, Ca, Carol C#m7 F#m7- Ca, Ca, Carolina, Bm7 F#m7 Ca, Ca, Ca, Carol C#m7 F#m7 Ca, Ca, Carolina, Bm7 E7 A6/7 C#m7 F#m7 Carolina, Carol, Carol, Carolina bela Bm7 E7 A6/7 C#m7 F#m7 Carolina, Carol, Carol, Carolina bela (improviso) Bm7 F#m7 C#m7 F#m7 Bm7 F#m7 C#m7 F#m7 Bm7 E7 A6/7 C#m7 F#m7 Carolina, Carol, Carol, Carolina bela Bm7 E7 A6/7 C#m7 F#m7 Carolina, Carol, Carol, Carolina bela Bm7 F#m7 Ca, Ca, Ca, Carol C#m7 F#m7- Ca, Ca, Carolina, Bm7 F#m7 Ca, Ca, Ca, Carol C#m7 F#m7 Ca, Ca, Carolina, Bm7 E7 A6/7 C#m7 F#m7 Carolina, Carol, Carol, Carolina bela (improviso) Bm7 E7 A6/7 C#m7 F#m7 Bm7 E7 A6/7 C#m7 F#m7 F#7(9) |
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7. |
| 2:50 | ||||
L� fora est� chovendo.
Mas assim mesmo Eu vou correndo S� pra ver o meu amor. Ela vem toda de branco. Toda molhada e despenteada, Que maravilha, Que coisa linda Que � o meu amor. Por entre banc�rios, autom�veis, Ruas e avenidas Milh�es de buzinas Tocando sem cessar. Ela vem chegando de branco, Meiga, linda e muito t�mida. Com a chuva molhando seu corpo Que eu vou abra�ar. E a gente no meio da rua, Do mundo, no meio da chuva, A girar, Que maravilha, Que maravilha, Que maravilha. |
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8. |
| 2:17 | ||||
(introdução e solo) Am Am/C E7/B E7 Am Am/C E7/B E7 Am Am/C E7/B E7 Am Am/C E7/B E7 Am(add9) Am Bm7(b5) E7 Gm/Bb A7 Gm/Bb Dm E7(9) E7 G#° Am B(b9) B Dm6/F E7 A(b9) A Dm B(addb9) B E7/b9(omit3) Am(add9) Am Bm7(b5) E7 Gm/Bb A(addb9) Gm/Bb Dm E7(b9) E7 Am D#° D° Am Am/C Bm7(b5) E7 Am Am/C Am Am/C F7 F7/C E7 E7/B meu ve - lho ami - go, Gm6/Bb A7 A7(9)/C# Dm chorão primei - ro Dm7/F E7(b9) Am Am/G tão Rio an - ti - go, B7 D#° F#° F7 F7/C E7 E7/B tão bra - si - lei - ro Am Am/C Am Am/C F7 F7/C E7 E7/B Teu com - pa - nhei - ro Gm/Bb A7 A7(9)/C# Dm cho - ra conti - go E7(b13) toda a dor de ter vivido, Am Am/C que não volta nunca mais Am E na expressão B7(b9) desse chorinho carinhoso E7(b13) te pede uma bênção Am A7(13) de amor e de paz (final) Dm E7(b13) Am Am/C Am B7(b9) E7(b13) Am E7(9) Am(add9) Am Bm7(b5) E7 Gm/Bb |
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9. |
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Sou eu que vou seguir você
Do primeiro rabisco até o be-a-bá. Em todos os desenhos coloridos vou estar: A casa, a montanha, duas nuvens no céu E um sol a sorrir no papel. Sou eu que vou ser seu colega, Seus problemas ajudar a resolver. Te acompanhar nas provas bimestrais. Você vai ver. Serei de você confidente fiel, Se seu pranto molhar meu papel. Sou eu que vou ser seu amigo, Vou lhe dar abrigo, se você quiser. Quando surgirem seus primeiros raios de mulher A vida se abrirá num feroz carrossel E você vai rasgar meu papel. O que está escrito em mim Comigo ficará guardado, se lhe dá prazer. A vida segue sempre em frente, o que se há de fazer. Só peço a você um favor, se puder: Não me esqueça num canto qualquer. (2x) |
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10. |
| 3:00 | ||||
Tantas você fez que ela cansou
Porque você, rapaz Abusou da regra três Onde menos vale mais Da primeira vez ela chorou Mas resolveu ficar É que os momentos felizes Tinham deixado raízes no seu penar Depois perdeu a esperança Porque o perdão também cansa de perdoar Tem sempre o dia em que a casa cai Pois vai curtir seu deserto, vai. Mas deixe a lâmpada acesa Se algum dia a tristeza quiser entrar E uma bebida por perto Porque você pode estar certo que vai chorar |
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11. |
| 2:48 | ||||
Maria era uma boa moça
Pra turma lá do Gantois Era a Maria vai com as outras Maria de coser, Maria de casar Porém o que ninguém sabia É que tinha um particular Além de coser, além de rezar Também era Maria de pecar Tumba-ê, caboclo, tumba lá e cá Tumba-ê, guerreiro, tumba lá e cá Tumba-ê, meu pai, tumba lá e cá Não me deixe só, tumba lá e cá Maria que não foi com as outras Maria que não foi pro mar No dia dois de fevereiro Maria não brincou na festa de lemanjá Não foi jogar água-de-cheiro Nem flores pra sua Orixá Aí, Iemanjá pegou e levou O moço de Maria para o mar Tumba-ê, caboclo, tumba lá e cá Tumba-ê, guerreiro, tumba lá e cá Tumba-ê, meu pai, tumba lá e cá Não me deixe só, tumba lá e cá |
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12. |
| 2:12 | ||||
(introdução) G#m7(omit5) Gm6 F# B7 E A7(13) Am D7/4 D7 G#m7(omit5) Gm6 F# B7 E7(9) A7 Eb7 D Bm7 Am7 D7(13) G7 Gm6 F#7(13) F#7(b13) F#m7 Venha se perder nesse turbilhão B7 E7(9) não se esqueça de fazer Em A7(b13) D D6 B7 tudo o que pedir esse seu cora - ção Em7 A7(13) D6 B7 Tem muita gen - te que só vive pra pensar Em7 A7(13) Am7 D7(13) Existe aquele que não pen - sa pra viver G#m7(b5) Gm6 Eu, por exem - plo, na paixão, D/F# Bm7 mesmo que te - nha que sofrer, E7(9) eu abro o jo - go e o coração Em A9(13) e deixo o meu barco correr D D6 Bm7 Am7 D7(13) G7 Gm6 F#7(13) F#7(b13) F#m7 Ve - nha se perder nesse turbilhão B7 E7(9) não se esqueça de fazer Em A7(b13) D D6 B7 tudo o que pedir esse seu cora - ção Em7 A7(13) D6 B7 Tem muita gen - te que não quer se complicar Em7 A7(13) Am7 D/C Existe aque - le que não per - de a sua fé D(add9) G#m7(b5) Gm6 Eu, por exem - plo, meu ami - go, D/F# Bm7 pelo amor de uma mulher, E7(9) eu viro a ca - ra pro perigo Em A e seja lá o que Deus quiser D D6 Bm7 Am7 D7(13) G7 Gm6 F#7(13) F#7(b13) F#m7 Ve - nha se perder nesse turbilhão B7 E7(9) não se esqueça de fazer Em A7(b13) D tudo o que pedir esse seu cora - ção |
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13. |
| 2:33 | ||||
Voa, coração
a minha força te conduz que o sol de um novo amor em breve vai brilhar Vara a escuridão, vai onde a noite esconde a luz Clareia seu caminho e acende seu olhar Vai onde a aurora mora e acorda um lindo dia colhe a mais bela flor que alguém já viu nascer e não se esqueça de trazer força e magi - a, o sonho e a fantasi - a, e a ale - gria de viver Voa, coração que ele não deve demorar e tanta coisa a mais quero lhe ofe - recer O brilho da paixão, pede a uma es - trela pra emprestar e traga junto a fé num novo amanhecer Convida as luas cheia, minguante e cres - cente e de onde se planta a paz, da paz quero a raiz E uma casinha lá onde mo - ra o sol poen - te pra finalmente a gen - te simplesmente ser feliz |
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14. |
| 2:11 | ||||
(introdução) Você voltou, meu amor, alegria que me deu Quando a porta abriu você me olhou, você sorriu, ah, você se derreteu e se atirou, me envolveu, me brincou, conferiu o que era seu É verdade, eu reconheço, eu tantas fiz, mas agora tanto faz O per- dão pediu seu preço, meu amor Eu te amo e Deus é mais e se atirou, me envolveu, me brincou, conferiu o que era seu É verdade, eu reconheço, eu tantas fiz, mas agora tanto faz O perdão pediu seu preço, meu amor Eu te amo e Deus é mais |
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15. |
| 3:22 | ||||
Hay dias que no sé lo que me pasa
Eu abro meu Neruda e apago o sol Misturo poesia com cachaça e acabo discutindo futebol Mas não tem na- da, não Tenho meu vi- o- lão Acordo de manhã, pão com manteiga e muito, muito sangue no jornal aí a criançada toda chega e eu chego a achar Herodes natural Mas não tem na- da, não Tenho meu vi- o- lão Depois faço a loteca com a patroa quem sabe nosso dia vai chegar e rio porque rico ri à toa também não custa nada imaginar Mas não tem na- da, não tenho meu vi- o- lão Mas não tem na- da, não tenho meu vi- o- lão Aos sábados em casa tomo um porre e sonho soluções fenomenais mas quando o sono vem a noite morre o dia conta histórias sempre iguais Mas não tem na- da, não tenho meu vi- o- lão Às vezes quero crer, mas não consigo, é tudo uma total insensatez Aí pergunto a Deus: "Escute, amigo, se foi pra desfazer por que é que fez?" Mas não tem na- da, não tenho meu vi- o- lão Mas não tem na- da, não |