Disc 1 | ||||||
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1. |
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Mais uma vez
vem o mar se dar como imagem Passagem do arido a miragem Sendo salgado gelado ou azul Sera so linguagem Mais uma vez vejo o mar voltar como imagem Passagem de atomo a paisagem Estando emaranhado verde azul Sera ondulado Irado emaranhado verde azul Sera ondulado |
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2. |
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A uma hora dessas
por onde estara seu pensamento Tera os pes na terra ou vento no cabelo? A uma hora dessas por onde andara seu pensamento Dara voltas na Terra ou no estacionamento? Onde longe Londres Lisboa ou na minha cama? A uma hora dessas por onde vagara seu pensamento Tera os pes na areia em pleno apartamento? A uma hora dessas por onde passara seu pensamento Por dentro da minha saia ou pelo firmamento? Onde longe Leme Luanda ou na minha cama? |
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3. |
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Um
Foi grande o meu amor Nao sei o que me deu Quem inventou fui eu Fiz de voce o Sol Da noite primordial E o mundo fora nos Se resumia a tedio e po Quando em voce tudo se complicou Dois Se voce quer amar Nao basta um so amor Nao sei como explicar Um so sempre e demais Pra seres como nos Sujeitos a jogar As fichas todas de uma vez Sem temer, naufragar Nao ha lugar pra lamurias Essas nao caem bem Nao ha lugar pra calunias Mas por que nao Nos reinventar Tres Eu quero tudo que ha O mundo e seu amor Nao quero ter que optar Quero poder partir Quero poder ficar Poder fantasiar Sem nexo e em qualquer lugar Com seu sexo junto ao mar.. |
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4. |
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Amarrado num mastro
Tapando as orelhas Eu resisti Ao encanto das sereias Eu nao ouvi O canto das sereias Eu resisti Mas chegando a praia Nao fiz nada disso Entao cai Nos bracos de Calipso Eu sucumbi Ao encanto de Calipso Nao resisti Depois disso eu nao tive Nenhum outro vicio Senao dancar Ao ritmo de Calipso Pois eu cai Nas gracas de Calipso Nao resisti Ao encanto de Calipso So sei dancar Ao ritmo de Calipso Calipso Amarrado num mastro Tapando as orelhas Eu resisti Ao encanto das sereias Eu nao ouvi O canto das sereias Eu resisti Mas chegando a praia Nao fiz nada disso Entao cai Nos bracos de Calipso Eu sucumbi Ao encanto de Calipso Nao resisti Desde entao eu nao tive Nenhum outro vicio Senao dancar Ao ritmo de Calipso Pois eu cai Nas gracas de Calipso Nao resisti Ao encanto de Calipso So sei dancar Ao ritmo de Calipso Calipso |
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5. |
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Saia desta vida de migalhas
Desses homens que te tratam Como um vento que passou Caia na realidade, fada Olha bem na minha cara Me confessa que gostou Do meu papo bom Do meu jeito sao Do meu sarro, do meu som Dos meus toques pra voce mudar Mulher sem razao Ouve o teu homem Ouve o teu coracao Ao cair da tarde Ouve aquela cancao Que nao toca no radio Para de fingir que nao repara Nas verdades que eu te falo De um pouco de atencao Parta, pegue um aviao, reparta Sonhar so nao da em nada E uma festa na prisao Nosso tempo e bom E nem vemos de montao Deixa eu te levar entao Pra onde eu sei que a gente vai brilhar Mulher sem razao Ouve o teu homem Ouve o teu coracao Batendo travado Por ninguem e por nada Na escuridao do quarto Ouve o teu coracao Ao cair da tarde Ouve aquela cancao Que nao toca no radio |
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6. |
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So eu sei teu nome mais secreto
So eu penetro em tua noite escura Cavo e extraio estrelas nuas De tuas constelacoes cruas Abre?te Sesamo! ? brado ladrao de Bagda So meu sangue sabe tua seiva e senha E irriga as margens cegas De tuas eletricas ribeiras, Sendas de tuas grutas ignotas Nao sei, nao sei mais nada. So sei que canto de sede dos teus labios Nao sei, nao sei mais nada. |
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7. |
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A estrada e muito comprida
O caminho e sem saida Curvas enganam o olhar Nao posso ir mais adiante Nao posso voltar atras Levei toda a minha vida Nunca sai do lugar |
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8. |
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Se toda escada esconde
Uma rampa Ampara o horizonte Uma ponte Para o oriente Um olhar Distante Em volta de um assunto Uma lente Depois de cada luz Um poente Para cada ponto Um olhar Rente E a montanha insiste em ficar la Parada A montanha insiste em ficar la Para la Parada Parada Diante do infinito Um mosquito Em torno de um contorno Gigante Cada eco leva Uma voz Adiante Decanta em cada canto Um instante De dentro do segundo Seguinte Que so por um momento Sera Antes E a montanha insiste em ficar la Parada A montanha insiste em ficar la Para la Parada Parada |
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9. |
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De tanto me perder, de andar sem sono
Por essa noite sem nenhum destino Por essa noite escura em que abandono Os sonhos do meu tempo de menino De tanto nao poder mais ter saudade De tudo que ja tive e ja perdi Dona menina Eu me resolvo agora ir me embora Pra bem longe e daqui Um dia desses eu me caso com voce voce vai ver.. ai ai..voce vai ver Um dia desses de manha com Padre Pompa Voce vai ver como eu me caso com voce Meu pobre coracao nao vale nada Anda perdido, nao tem solucao Mas se voce quiser ser minha namorada Vamos tentar, nao custa nada Ate pode dar certo..ai ai E se nao der eu pego um aviao Vou pra Shangai e nunca mais eu volto pra te ver.. Um dia desses eu me caso com voce Voce vai ver.. ai ai..voce vai ver Um dia desses de manha com Padre Pompa Voce vai ver como eu me caso com voce Um dia desses eu me caso com voce Voce vai ver... voce vai ver Um dia desses de manha com Padre Pompa Voce vai ver como eu me caso com voce |
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10. |
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Onde andaras nessa tarde vazia
Tao clara e sem fim Enquanto o mar Bate azul em Ipanema Em que bar, em que cinema Te esqueces de mim? Enquanto o mar Bate azul em Ipanema Em que bar, em que cinema Te esqueces Eu sei meu endereco Apagaste do teu coracao A cigarra do apartamento O chao de cimento Existem em vao Nao serve pra nada A escada, o elevador Ja nao serve pra nada Janela, cortina amarela Perdi meu amor E e por isso que eu saio Pra rua, sem saber pra que Na esperanca talvez de que o acaso o mero descaso, me leve a voce.. |
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11. |
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Quando se for
Esse fim de som Doida cancao Que nao fui eu que fiz Verde luz verde cor De arrebentacao Sargaco mar Sargaco ar Deusa de amor, deusa do mar Vou me atirar, beber o mar alucinado, desesperar Querer morrer para viver Com Iemanja Iemanja, Odoia Iemanja, Odoia Iemanja, Odoia |