Disc 1 | ||||||
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1. |
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2. |
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Traga-me um copo d'agua, tenho sede
Que essa sede pode me matar Minha garganta pede um pouco d'agua E o meus olhos pedem teu olhar. A planta pede chuva quando quer brotar, O ceu logo escurece quando vai chover, Meu coracao s´pede o teu amor Se nao me deres posso ate morrer. |
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3. |
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Abacateiro
Acataremos teu ato Nos tambem somos do mato Como o pato e o leao Aguardaremos Brincaremos no regato Ate que nos tragam frutos Teu amor, teu coracao Abacateiro Teu recolhimento e justamente O significado Da palavra temporao Enquanto o tempo Nao trouxer teu abacate Amanhecera tomate E anoitecera mamao Abacateiro Sabes ao que estou me referindo Porque todo tamarindo tem O seu agosto azedo Cedo, antes que o janeiro Doce manga venha ser tambem Abacateiro Seras meu parceiro solitario Nesse itinerario Da leveza pelo ar Abacateiro Saiba que na refazenda Tu me ensina a fazer renda Que eu te ensino a namorar Refazendo tudo Refazenda Refazenda toda Guariroba |
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4. |
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Nao se incomode
O que a gente pode, pode O que a gente nao pode, explodira A forca e bruta E a fonte da forca e neutra E de repente a gente podera Realce, realce Quanto mais purpurina, melhor Realce, realce Com a cor do veludo Com amor, com tudo De real teor de beleza Nao se impaciente O que a gente sente, sente Ainda que nao se tente, afetara O afeto e fogo E o modo do fogo e quente E de repente a gente queimara Realce, realce Quanto mais parafina, melhor Realce, realce Com a cor do veludo Com amor, com tudo De real teor de beleza Nao desespere Quando a vida fere, fere E nenhum magico interferira Se a vida fere Como a sensacao do brilho De repente a gente brilhara Realce, realce Quanto mais serpentina, melhor Realce, realce Com a cor do veludo Com amor, com tudo De real teor de beleza |
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5. |
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6. |
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7. |
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A paz
Invadiu o meu coracao De repente, me encheu de paz Como se o vento de um tufao Arrancasse meus pes do chao Onde eu ja nao me enterro mais A paz Fez o mar da revolucao Invadir meu destino; a paz Como aquela grande explosao Uma bomba sobre o Japao Fez nascer o Japao na paz Eu pensei em mim Eu pensei em ti Eu chorei por nos Que contradicao So a guerra faz Nosso amor em paz Eu vim Vim parar na beira do cais Onde a estrada chegou ao fim Onde o fim da tarde e lilas Onde o mar arrebenta em mim O lamento de tantos "ais" |
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8. |
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Na terra em que o mar nao bate
Nao bate o meu coracao O mar onde o ceu flutua Onde morre o sol e a lua E acaba o caminho do chao Nasci numa onda verde Na espuma me batizei Vim trazido numa rede Na areia me enterrarei Na areia me enterrarei+ Ou entao nasci na palma Palha da palma no chao Tenho a alma de agua clara Meu braco espalhado em praia Meu braco espalhado em praia E o mar na palma da mao No cais, na beira do cais Senti o meu primeiro amor E num cais que era so um cais Somente mar ao redor Somente mar ao redor Mas o mar nao e todo mar Mar que em todo mundo exista O melhor, e o mar do mundo De um certo ponto de vista De onde so se avista o mar A ilha de Itaparica A Bahia e que e o cais A praia, a beira, a espuma E a Bahia so tem uma Costa, clara, litoral Costa, clara, litoral E por isso que o azul Cor de minha devocao Nao qualquer azul, azul De qualquer ceu, qualquer dia O azul de qualquer poesia De samba tirado em vao E o azul que agente fita No azul do mar da Bahia E a cor que la principia E que habita em meu coracao E que habita em meu coracao |
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9. |
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Alguma coisa acontece no meu coracao
Que so quando cruzo a ipiranga e a avenida sao joao E que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi Da dura poesia concreta de tuas esquinas Da deselegancia discreta de tuas meninas Ainda nao havia para mim rita lee, a tua mais completa traducao Alguma coisa acontece no meu coracao Que so quando cruzo a ipiranga e a avenida sao joao Quando eu te encarei frente a frente nao vi o meu rosto Chamei de mau gosto o que vi De mau gosto, mau gosto E que narciso acha feio o que nao e espelho E a mente apavora o que ainda nao e mesmo velho Nada do que nao era antes quando nao somos mutantes E foste um dificil comeco Afasto o que nao conheco E quem vende outro sonho feliz de cidade Aprende de pressa a chamar-te de realidade Porque es o avesso do avesso do avesso do avesso Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas Da forca da grana que ergue e destroi coisas belas Da feia fumaca que sobe apagando as estrelas Eu vejo surgir teus poetas de campos e espacos Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva Panamericas de africas utopicas, tumulo do samba Mais possivel novo quilombo de zumbi E os novos baianos passeiam na tua garoa E novos baianos te podem curtir numa boa. |
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10. |
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11. |
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12. |
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Nao me iludo
Tudo permanecera do jeito que tem sido Transcorrendo Transformando Tempo e espaco navegando todos os sentidos Paes de Acucar Corcovados Fustigados pela chuva e pelo eterno vento Agua mole Pedra dura Tanto bate que nao restara nem pensamento Tempo rei, o, tempo rei, o, tempo rei Transformai as velhas formas do viver Ensinai-me, o, pai, o que eu ainda nao sei Mae Senhora do Perpetuo, socorrei Pensamento Mesmo o fundamento singular do ser humano De um momento Para o outro Podera nao mais fundar nem gregos nem baianos Maes zelosas Pais corujas Vejam como as aguas de repente ficam sujas Nao se iludam Nao me iludo Tudo agora mesmo pode estar por um segundo Tempo rei, o, tempo rei, o, tempo rei Transformai as velhas formas do viver Ensinai-me, o, pai, o que eu ainda nao sei Mae Senhora do Perpetuo, socorrei |
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13. |
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Comecou a circular o Expresso 2222
Que parte direto de Bonsucesso pra depois Comecou a circular o Expresso 2222 Da Central do Brasil Que parte direto de Bonsucesso Pra depois do ano 2000 Dizem que tem muita gente de agora Se adiantando, partindo pra la Pra 2001 e 2 e tempo afora Ate onde essa estrada do tempo vai dar Do tempo vai dar Do tempo vai dar, menina, do tempo vai Segundo quem ja andou no Expresso La pelo ano 2000 fica a tal Estacao final do percurso-vida Na terra-mae concebida De vento, de fogo, de agua e sal De agua e sal De agua e sal O, menina, de agua e sal Dizem que parece o bonde do morro Do Corcovado daqui So que nao se pega e entra e senta e anda O trilho e feito um brilho que nao tem fim Oi, que nao tem fim Que nao tem fim O, menina, que nao tem fim Nunca se chega no Cristo concreto De materia ou qualquer coisa real Depois de 2001 e 2 e tempo afora O Cristo e como quem foi visto subindo ao ceu Subindo ao ceu Num veu de nuvem brilhante subindo ao ceu |
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14. |
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15. |
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Subo neste palco
Minha alma cheira a talco Como bumbum de bebe, de bebe Minha aura clara so quem e Clarividente pode ver, pode ver Trago a minha banda So quem sabe onde e Luanda Sabera lhe dar valor, dar valor Vale quanto pesa pra quem preza O louco bumbum do tambor, do tambor Fogo eterno pra afugentar O inferno pra outro lugar Fogo eterno pra constituir O inferno Fora daqui, fora daqui Fora daqui, fora daqui Venho para a festa Sei que muitos tem na testa O deus-sol como sinal, o sinal Eu como devoto trago um cesto De alegrias de quintal, de quintal Ha tambem um cantaro, quem manda e Deusa-musica pedindo Pra deixar, pra deixar Derramar o balsamo Fazer o canto cantar O cantar, o cantar Fogo eterno pra afugentar O inferno pra outro lugar Fogo eterno pra constituir O inferno Fora daqui, fora daqui Fora daqui, fora daqui Subo neste palco Minha alma cheira a talco Como bumbum de bebe, de bebe Trago a minha banda So quem sabe onde e Luanda Sabera lhe dar valor, dar valor |
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16. |
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