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from Nelson Goncalves - O Mito (2008) | |||||
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from Angela Maria - Amigos (2008) | |||||
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from Tom Masculino (2008) | |||||
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from Tom Masculino (2008) | |||||
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from Bossa 4 Two (2008) | |||||
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from The Boys From Ipanema (2008)
Pois e
Fica o dito e o redito por nao dito E e dificil dizer que foi bonito E inutil cantar o que perdi Tai Nosso mais-que-perfeito esta desfeito E o que me parecia tao direito Caiu desse jeito sem perdao Entao Disfarcar minha dor eu nao consigo Dizer: somos sempre bons amigos E muita mentira para mim Enfim Hoje na solidao ainda custo A entender como o amor foi tao injusto Pra quem so lhe foi dedicacao Pois e, e entao . . . |
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from Chico Buarque - Carioca (2007)
Naturalmente
ela sorria Mas nao me dava trela Trocava a roupa Na minha frente E ia bailar sem mais aquela Escolhia qualquer um Lancava olhares Debaixo do meu nariz Dancava colada Em novos pares Com um pe atras Com um pe a fim Surgiram outras Naturalmente Sem nem olhar a minha cara Tomavam banho Na minha frente Para sair com outro cara Porem nunca me importei Com tais amantes Os meus olhos infantis So cuidavam delas Corpos errantes Peitinhos assaz Bundinhas assim Com tantos filmes Na minha mente E natural que toda atriz Presentemente represente Muito para mim |
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from Chico Buarque - Carioca (2007) | |||||
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from Chico Buarque - Carioca (2007)
Perdida
Na avenida Canta seu enredo Fora do carnaval Perdeu a saia Perdeu o emprego Desfila natural Esquinas Mil buzinas Imagina orquestras Samba no chafariz Viva a folia A dor nao presta Felicidade, sim O sol ensolara a estrada dela A lua alumiara o mar A vida e bela O sol, estrada amarela E as ondas, as ondas, as ondas, as ondas Bambeia Cambaleia E dura na queda Custa a cair em si Largou a familia Bebeu veneno E vai morrer de rir Vagueia Devaneia Ja apanhou a beca Mas para quem sabe olhar A flor tambem e Ferida aberta E nao se ve chorar O sol ensolara a estrada dela A lua alumiara o mar A vida e bela O sol, estrada amarela E as ondas, as ondas, as ondas, as ondas |
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from Chico Buarque - Carioca (2007)
Quando ela chora
Nao sei se e dos olhos para fora Nao sei do que ri Eu nao sei se ela agora Esta fora de si Ou se e o estilo de uma grande dama Quando me encara e desata os cabelos Nao sei se ela esta mesmo aqui Quando se joga na minha cama Ela faz cinema Ela faz cinema Ela e a tal Sei que ela pode ser mil Mas nao existe outra igual Quando ela mente Nao sei se ela deveras sente O que mente para mim Serei eu meramente Mais um personagem efemero Da sua trama Quando vestida de preto Da-me um beijo seco Prevejo meu fim E a cada vez que o perdao Me clama Ela faz cinema Ela faz cinema Ela e demais Talvez nem me queira bem Porem faz um bem que ninguem Me faz Eu nao sei Se ela sabe o que fez Quando fez o meu peito Cantar outra vez Quando ela jura Nao sei por que Deus ela jura Que tem coracao e quando o meu coracao Se inflama Ela faz cinema Ela faz cinema Ela e assim Nunca sera de ninguem Porem eu nao sei viver sem E fim |
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from Chico Buarque - Carioca (2007)
Imagina
Imagina Hoje a noite A gente se peder Imagina Imagina Hoje a noite A lua se apagar Quem ja viu a lua cris Quando a lua comeca a murchar Lua cris E preciso gritar e correr, socorrer o luar Meu amor Abre a porta pra noite passar E olha o sol Da manha Olha a chuva Olha a chuva, olha o sol, olha o dia a lancar Serpentinas Serpentinas pelo ceu Sete fitas Coloridas Sete vias Sete vidas Avenidas Pra qualquer lugar Imagina Imagina Sabe que o menino que passar debaixo do arco-iris vira moca Vira a menina que cruzar de volta o arco-iris rapidinho vira volta a ser rapaz A menina que passou no arco era o menino que passou no arco E vai virar menina Imagina Imagina Imagina Imagina Imagina Hoje a noite A gente se perder Imagina Imagina Hoje a noite A lua se apagar |
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from Chico Buarque - Carioca (2007)
Nao me leve a mal
Me leve a toa pela ultima vez A um quiosque, ao planetario Ao cais do porto, ao paco O meu coracao, meu coracao Meu coracao parece Que perde um pedaco, mas nao Me leve a serio Passou este verao Outros passarao Eu passo Nao se atire do terraco Nao arranque minha cabeca Da sua cortica Nao beba muita cachaca Nao se esqueca depressa de mim, sim? Pense que eu cheguei de leve Machuquei voce de leve E me retirei com pes de la Sei que o seu caminho amanha Sera um caminho bom Mas nao me leve Nao me leve a mal Me leve apenas para andar por ai Na lagoa, no cemiterio Na areia, no mormaco O meu coracao, meu coracao Meu coracao parece Que perde um pedaco, mas nao Me leve a serio Passou este verao Outros passarao Eu passo Nao se atire do terraco Nao arranque minha cabeca Da sua cortica Nao beba muita cachaca Nao se esqueca depressa de mim, sim? Pense que eu cheguei de leve Machuquei voce de leve E me retirei com pes de la Sei que o seu caminho amanha Sera tudo de bom Mas nao me leve O meu coracao parece Que perde um pedaco, mas nao Me leve a serio Passou este verao Outros passarao Eu passo |
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from Chico Buarque - Carioca (2007)
Rato de rua
Irrequieta criatura Tribo em frenetica proliferacao Lubrico, libidinoso transeunte Boca de estomago Atras do seu quinhao Vao aos magotes A dar com um pau Levando o terror Do parking ao living Do shopping center ao leu Do cano de esgoto Pro topo do arranha-ceu Rato de rua Aborigene do lodo Fuca gelada Couraca de sabao Quase risonho Profanador de tumba Sobrevivente A chacina e a lei do cao Saqueador da metropole Tenaz roedor De toda esperanca Estuporador da ilusao O meu semelhante Filho de Deus, meu irmao Rato Rato que roi a roupa Que roi a rapa do rei do morro Que roi a roda do carro Que roi o carro, que roi o ferro Que roi o barro, roi o morro Rato que roi o rato Ra-rato, ra-rato Roto que ri do roto Que roi o farrapo Do esfarra-rapado Que mete a ripa, arranca rabo Rato ruim Rato que roi a rosa Roi o riso da moca E ruma rua arriba Em sua rota de rato Saqueador da metropole Tenaz roedor De toda esperanca Estuporador da ilusao O meu semelhante Filho de Deus, meu irmao |
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from Chico Buarque - Carioca (2007) | |||||
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from Chico Buarque - Carioca (2007)
Sempre
Eu te contemplava sempre Te mirei de mil mirantes Mesmo em sonho estive atento Para poder lembrar-te sempre Como olhando o firmamento E as estrelas cintilantes Que se foram para sempre No teu corpo em movimento Os teus labios em flagrante O teu riso, o teu silencio Serao meus ainda e sempre Dura a vida alguns instantes Porem mais do que o bastante Quando em cada instante e sempre |
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from Chico Buarque - Carioca (2006) | |||||
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from Chico Buarque - Carioca (2006) | |||||
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from Chico Buarque - Ao Vivo/ Paris/ Le Zenith (2004)
A Rita levou meu sorriso
No sorriso dela Meu assunto Levou junto com ela E o que me e de direito Arrancou-me do peito E tem mais Levou seu retrato, seu trapo, seu prato Que papel! Uma imagem de Sao Francisco E um bom disco de Noel A Rita matou nosso amor De vinganca Nem heranca deixou Nao levou um tostao Porque nao tinha nao Mas causou perdas e danos Levou os meus planos Meu pobres enganos Os meus vinte anos O meu coracao E alem de tudo Me deixou mudo Um violao |
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from Chico Buarque - Ao Vivo/ Paris/ Le Zenith (2004)
Eis o malandro na praca outra vez
Caminhando na ponta dos pes Como quem pisa nos coracoes Que rolaram nos cabares Entre deusas e bofetoes Entre dados e coroneis Entre parangoles e patroes O malandro anda assim de vies Deixa balancar a mare E a poeira assentar no chao Deixa a praca virar um salao Que o malandro e o barao da rale |
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from Chico Buarque - Ao Vivo/ Paris/ Le Zenith (2004) | |||||
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from Chico Buarque - Ao Vivo/ Paris/ Le Zenith (2004)
Eu te vejo sumir por ai
Te avisei que a cidade era um vao Da tua mao, olha pra mim Nao faz assim, nao va la, nao Os letreiros a te colorir Embaracam a minha visao Eu te vi suspirar de aflicao E sair da sessao frouxa de rir Ja te vejo brincando gostando de ser Tua sombra a se multiplicar Nos teus olhos tambem posso ver As vitrines te vendo passar Na galeria, cada clarao E como um dia depois de outro dia Abrindo um salao Passas em exposicao Passas sem ver teu vigia Catando a poesia Que entornas no chao |
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from Chico Buarque - Ao Vivo/ Paris/ Le Zenith (2004)
A novidade
Que tem no Brejo da Cruz E a criancada Se alimentar de luz Alucinados Meninos ficando azuis E desencarnando La no Brejo da Cruz Eletrizados Cruzam os ceus do Brasil Na rodoviaria Assumem formas mil Uns vendem fumo Tem uns que viram Jesus Muito sanfoneiro Cego tocando blues Uns tem saudade E dancam maracatus Uns atiram pedra Outros passeiam nus Mas ha milhoes desses seres Que se disfarcam tao bem Que ninguem pergunta De onde essa gente vem Sao jardineiros Guardas-noturnos, casais Sao passageiros Bombeiros e babas Ja nem se lembram Que existe um Brejo da Cruz Que eram criancas E que comiam luz Sao faxineiros Balancam nas construcoes Sao bilheteiras Baleiros e garcons Ja nem se lembram Que existe um Brejo da Cruz Que eram criancas E que comiam luz |
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Vai meu irmao
Pega esse aviao Voce tem razao De correr assim Desse frio Mas beija O meu Rio de Janeiro Antes que um aventureiro Lance mao Pede perdao Pela duracao Dessa temporada Mas nao diga nada Que me viu chorando E pros da pesada Diz que eu vou levando Ve como e que anda Aquela vida a toa E se puder me manda Uma noticia boa |
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from Chico Buarque - Ao Vivo/ Paris/ Le Zenith (2004)
Tinha ca pra mim
Que agora sim Eu vivia enfim O grande amor Mentira Me atirei assim De trampolim Fui ate o fim um amador Passava um verao A agua e pao Dava o meu quinhao Pro grande amor Mentira Eu botava a mao No fogo entao Com meu coracao de fiador Hoje eu tenho apenas Uma pedra no meu peito Exijo respeito Nao sou mais um sonhador Chego a mudar de calcada Quando aparece uma flor E dou risada do grande amor Mentira Fui muito fiel Comprei anel Botei no papel O grande amor Mentira Reservei hotel Sarapatel E lua de mel Em Salvador Fui rezar na Se Pra Sao Jose Que eu levava fe No grande amor Mentira Fiz promessa ate Pra Oxumare De subir a pe o Redentor Hoje eu tenho apenas Uma pedra no meu peito Exijo respeito Nao sou mais um sonhador Chego a mudar de calcada Quando aparece uma flor E dou risada do grande amor Mentira |
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from Chico Buarque - Ao Vivo/ Paris/ Le Zenith (2004)
Preciso nao dormir
Ate se consumar O tempo Da gente Preciso conduzir Um tempo de te amar Te amando devagar E urgentemente Pretendo descobrir No ultimo momento Um tempo que refaz o que desfez Que recolhe todo o sentimento E bota no corpo uma outra vez Prometo te querer Ate o amor cair Doente Doente Prefiro entao partir A tempo de poder A gente se desvencilhar da gente Depois de te perder Te encontro, com certeza Talvez num tempo da delicadeza Onde nao diremos nada Nada aconteceu Apenas seguirei, como encantado Ao lado teu Andre Velloso - Rio de Janeiro, Brazil |
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from Chico Buarque - Ao Vivo/ Paris/ Le Zenith (2004)
Vai passar nessa avenida um samba popular
Cada paralelepipedo da velha cidade essa noite vai se arrepiar Ao lembrar que aqui passaram sambas imortais Que aqui sangraram pelos nossos pes Que aqui sambaram nossos ancestrais Num tempo pagina infeliz da nossa historia Passagem desbotada na memoria Das nossas novas geracoes Dormia a nossa patria mae tao distraida Sem perceber que era subtraida Em tenebrosas transacoes Seus filhos erravam cegos pelo continente Levavam pedras feito penitentes Erguendo estranhas catedrais E um dia, afinal, tinham o direito a uma alegria fugaz Uma ofegante epidemia que se chamava carnaval O carnaval, o carnaval Vai passar, palmas pra ala dos baroes famintos O bloco dos napoleoes retintos E os pigmeus do boulevard Meu Deus, vem olhar, vem ver de perto uma cidade a cantar A evolucao da liberdade ate o dia clarear Ai que vida boa, o lere Ai que vida boa, o lara O estandarte do sanatorio geral vai passar Ai que vida boa, o lere Ai que vida boa, o lara |
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from Chico Buarque - Ao Vivo (2004)
"Tutu-Maramba¡ na£o venha mais ca¡
Que a ma£e da criana§a te manda matar" "Tutu-Maramba¡ na£o venha mais ca¡ Que a ma£e da criana§a te manda matar" Ai, como essa moa§a e descuidada Com a janela escancarada Quer dormir impunemente Ou sera¡ que a moa§a la¡ no alto Na£o escuta o sobressalto Do coraa§a£o da gente Ai, quanto descuido o dessa moa§a Que papai ta¡ la¡ na roa§a E mama£e foi passear E todo marmanjo da cidade Quer entrar Nos versos da cantiga de ninar Pra ser um Tutu-Maramba¡ Ai, como essa moa§a e distraada Sabe la¡ se esta¡ vestida Ou se dorme transparente Ela sabe muito bem que quando adormece Esta¡ roubando O sono de outra gente Ai, quanta maldade a dessa moa§a E, que aqui ninguem nos oua§a Ela sabe enfeitia§ar Pois todo malandro da cidade Quer entrar Nos sonhos que ela gosta de sonhar E ser um Tutu-Maramba¡ "Boi, boi, boi, boi da cara preta Pega essa menina que tem medo de careta" |
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Eis o malandro na praca outra vez
Caminhando na ponta dos pes Como quem pisa nos coracoes Que rolaram nos cabares Entre deusas e bofetoes Entre dados e coroneis Entre parangoles e patroes O malandro anda assim de vies Deixa balancar a mare E a poeira assentar no chao Deixa a praca virar um salao Que o malandro e o barao da rale |
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Eu queria ser
Um tipo de compositor Capaz de cantar nosso amor Modesto Um tipo de amor Que e de mendigar cafune Que e pobre e as vezes nem e Honesto Pechincha de amor Mas que eu faco tanta questao Que se tiver precisao Eu furto Vem ca, meu amor Aguenta o teu cantador Me esquenta porque o cobertor e curto Mas levo esse amor Com o zelo de quem leva o andor Eu velo pelo meu amor Que sonha Que enfim, nosso amor Tambem pode ter seu valor Tambem e um tipo de flor Que nem outro tipo de flor Dum tipo que tem Que nao deve nada a ninguem Que da mais que maria-sem-vergonha Eu queria ser Um tipo de compositor Capaz de cantar nosso amor Barato Um tipo de amor Que e de esfarrapar e cerzir Que e de comer e cuspir No prato Mas levo esse amor Com zelo de quem leva o andor Eu velo pelo meu amor Que sonha Que enfim, nosso amor Tambem pode ter seu valor Tambem e um tipo de flor Que nem outro tipo de flor Dum tipo que tem Que nao deve nada a ninguem Que da mais que maria-sem-vergonha |
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Eu te vejo sumir por ai
Te avisei que a cidade era um vao Da tua mao, olha pra mim Nao faz assim, nao va la, nao Os letreiros a te colorir Embaracam a minha visao Eu te vi suspirar de aflicao E sair da sessao frouxa de rir Ja te vejo brincando gostando de ser Tua sombra a se multiplicar Nos teus olhos tambem posso ver As vitrines te vendo passar Na galeria, cada clarao E como um dia depois de outro dia Abrindo um salao Passas em exposicao Passas sem ver teu vigia Catando a poesia Que entornas no chao |
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from Chico Buarque - Ao Vivo (2004)
Quando eu morrer, que me enterrem na
Beira do chapada£o -- contente com minha terra Cansado de tanta guerra Crescido de coraa§a£o Ta'o* Zanza daqui Zanza pra acola¡ Fim de feira, periferia afora A cidade na£o mora mais em mim Francisco, Serafim Vamos embora Ver o capim Ver o baoba¡ Vamos ver a campina quando flora A piracema, rios contravim Binho, Bel, Bia, Quim Vamos embora Quando eu morrer Cansado de guerra Morro de bem Com a minha terra: Cana, caqui Inhame, abobora Onde so vento se semeava outrora Amplida£o, naa§a£o, serta£o sem fim A" Manuel, Miguilim Vamos embora *apud Guimara£es Rosa |
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from Chico Buarque - Ao Vivo (2004)
Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode as seis horas da manha Me sorri um sorriso pontual E me beija com a boca de hortela Todo dia ela diz que e pra eu me cuidar E essas coisas que diz toda mulher Diz que esta me esperando pro jantar E me beija com a boca de cafe Todo dia eu so penso em poder parar Meio-dia eu so penso em dizer nao Depois penso na vida pra levar E me calo com a boca de feijao Seis da tarde, como era de se esperar, Ela pega e me espera no portao Diz que esta muito louca pra beijar E me beija com a boca de paixao Toda noite ela diz pra eu nao me afastar Meia-noite ela jura eterno amor E me aperta pra eu quase sufocar E me morde com a boca de pavor Todo dia ela faz tudo sempre igual Me sacode as seis horas da manha Me sorri um sorriso pontual E me beija com a boca de hortela |
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Nao se afobe, nao
Que nada e pra ja O amor nao tem pressa Ele pode esperar em silencio Num fundo de armario Na posta-restante Milenios, milenios No ar E quem sabe, entao O Rio sera Alguma cidade submersa Os escafandristas virao Explorar sua casa Seu quarto, suas coisas Sua alma, desvaos Sabios em vao Tentarao decifrar O eco de antigas palavras Fragmentos de cartas, poemas Mentiras, retratos Vestigios de estranha civilizacao Nao se afobe, nao Que nada e pra ja Amores serao sempre amaveis Futuros amantes, quica Se amarao sem saber Com o amor que eu um dia Deixei pra voce Andre Velloso - Rio de Janeiro, Brazil |
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from Chico Buarque - Ao Vivo (2004)
Eu fui fazer um samba em homenagem
A nata da malandragem, que conheco de outros carnavais Eu fui a Lapa e perdi a viagem Que aquela tal malandragem nao existe mais Agora ja nao e normal, o que da de malandro Regular profissional, malandro com o aparato de malandro oficial Malandro candidato a malandro federal Malandro com retrato na coluna social Malandro com contrato, com gravata e capital, que nunca se da mal Mas o malandro para valer, nao espalha Aposentou a navalha, tem mulher e filho e tralha e tal Dizem as mas linguas que ele ate trabalha Mora la longe chacoalha, no trem da central |
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from Chico Buarque - Ao Vivo (2004)
O meu amor
Tem um jeito manso que e so seu E que me deixa louca Quando me beija a boca A minha pele inteira fica arrepiada E me beija com calma e fundo Ate minh'alma se sentir beijada, ai O meu amor Tem um jeito manso que e so seu Que rouba os meus sentidos Viola os meus ouvidos Com tantos segredos lindos e indecentes Depois brinca comigo Ri do meu umbigo E me crava os dentes, ai Eu sou sua menina, viu? E ele e o meu rapaz Meu corpo e testemunha Do bem que ele me faz O meu amor Tem um jeito manso que e so seu De me deixar maluca Quando me roca a nuca E quase me machuca com a barba malfeita E de pousar as coxas entre as minhas coxas Quando ele se deita, ai O meu amor Tem um jeito manso que e so seu De me fazer rodeios De me beijar os seios Me beijar o ventre E me deixar em brasa Desfruta do meu corpo Como se o meu corpo fosse a sua casa, ai Eu sou sua menina, viu? E ele e o meu rapaz Meu corpo e testemunha Do bem que ele me faz |
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from Chico Buarque - Ao Vivo (2004)
Abre als pra minha folia
Ja esta chegando a hora Abre alas pra minha bandeira Ja esta chegando a hora Apare seus sonhos Que a vida tem dono Ela vem te cobrara A vida nao era assim nao ear assim Nao corra o risco De ficar alegre Pra nunca chorar A gente nao era assim nao era assim Encoste essa porta Que a nossa conversa Nao pode vazar A gente nao era assim nao era assim Bandeira arriada Folia guardada Pra nao se usar A festa nao era assim nao era assim |